Recordo como se fosse hoje aquela tarde do Domingo, 20 de Julho. Juntamente com o Ir. Eduardo, depois da eucaristía da benção dos finalistas de enfermagem do hospital de St. Maria, fomos ao IPO de Lisboa visitar a Ir. Isabel, missionaria Comboniana. Nesse mesmo dia, de manhã, com a conclusão do retiro anual tinha sido enviado em missão para o Chade, país do qual a Ira. Isabel tinha regressado em Março de urgência por motivos de saúde.
A minha chegada ao Chade foi no dia 8 de Outubro, porém, naquela tarde de Domingo tive a graça de tocar aquela terra na vida apaixonada da Ir. Isabel. Durante mais de uma hora permaneci em silencio deixando-me maravillar pelo entusiasmo com o qual esta mulher do Evangelho falava do seu povo. A Senhora que estava na cama do seu lado esquerdo, mostrava-se igualmente admirada e dizia-nos que mesmo durante a noite falava numa lingua estranha (certamente o Ngambay ou Sarh – duas das linguas faladas no Chade).
Acabo de passar os primeiros meses de inserção na paroquia de S. Daniel Comboni aonde a Ir. Isabel viveu os ultimos 7 anos da sua vida missionária. Vida, que permanece viva. À pergunta: Que recordações guardam da Ir. Isabel? As respostas eram marcadas por palavras como: entusiasmo, fé, alegria, disponibilidade, acolhimento, proximidade, espirito de sacrificio, infatigavel, paixão… Por de trás de cada palavra ha uma experiência de encontro com Jesus, uma experiência de vida. Desde a Ir. Fernanda que viveu mais de 10 anos na mesma comunidade, aos P. Felix e Luigi, a tantos catequistas, mães, jovens e crianças… há um sentimento de acção de graças a Deus pelo dom da vida da Ir. Isabel. Clement, um catequista de sector, termina o seu diálogo sobre a Irmã com a afirmação: “Na minha oração, rezo por ela e peço a sua intercessão”. Uma das suas filhas tem o nome de Isabel, sinal da amizade construida com o tempo e que permanece viva na vida desta pequenita de 4 anos.
A Ir. Isabel, mesmo se já havia sinais de preocupação a nivel de saúde, quis terminar os retiros de quaresma até à ultima aldeia. Loucura! Talvez… mas que nos querera dizer Jesus quando tomou o caminho de Jerusalem decididamente! Obrigado Ir. Isabel pela tua coragem, ousadia e loucura cristã.
Se é verdade que ninguém é insubstituivel, cada um de nós tem algo de especial, de divino que quando é transmitido na nossa peregrinação humana, a morte jamais pode calar. A Irmã partiu para junto do Pai, cada um de nós que continua a sua aventura sobre a terra e teve a graça de a conhecer, encontra na sua vida inspiração para se continuar a doar por Cristo junto dos que ainda desconhecem a grandeza do seu Amor, a beleza do seu Evangelho.
Termino com uma imagem de vida: um grupo de meninas de 11 ou 12 anos que regressa a casa depois de um dia de mercado, a pé, com uma alegria admirável!; um cântico de esperança: “E a vida nao vai parar, vai como vento…; e o rosto de tantos jovens que tive a graça de o ver cantar com alegria! Sinais de Vida que é dom de Deus e que nem a morte pode parar. Uma Santa Pascoa!
Que Jesus vos abençoe e proteja
Com amizade
P. João Costa
A minha chegada ao Chade foi no dia 8 de Outubro, porém, naquela tarde de Domingo tive a graça de tocar aquela terra na vida apaixonada da Ir. Isabel. Durante mais de uma hora permaneci em silencio deixando-me maravillar pelo entusiasmo com o qual esta mulher do Evangelho falava do seu povo. A Senhora que estava na cama do seu lado esquerdo, mostrava-se igualmente admirada e dizia-nos que mesmo durante a noite falava numa lingua estranha (certamente o Ngambay ou Sarh – duas das linguas faladas no Chade).
Acabo de passar os primeiros meses de inserção na paroquia de S. Daniel Comboni aonde a Ir. Isabel viveu os ultimos 7 anos da sua vida missionária. Vida, que permanece viva. À pergunta: Que recordações guardam da Ir. Isabel? As respostas eram marcadas por palavras como: entusiasmo, fé, alegria, disponibilidade, acolhimento, proximidade, espirito de sacrificio, infatigavel, paixão… Por de trás de cada palavra ha uma experiência de encontro com Jesus, uma experiência de vida. Desde a Ir. Fernanda que viveu mais de 10 anos na mesma comunidade, aos P. Felix e Luigi, a tantos catequistas, mães, jovens e crianças… há um sentimento de acção de graças a Deus pelo dom da vida da Ir. Isabel. Clement, um catequista de sector, termina o seu diálogo sobre a Irmã com a afirmação: “Na minha oração, rezo por ela e peço a sua intercessão”. Uma das suas filhas tem o nome de Isabel, sinal da amizade construida com o tempo e que permanece viva na vida desta pequenita de 4 anos.
A Ir. Isabel, mesmo se já havia sinais de preocupação a nivel de saúde, quis terminar os retiros de quaresma até à ultima aldeia. Loucura! Talvez… mas que nos querera dizer Jesus quando tomou o caminho de Jerusalem decididamente! Obrigado Ir. Isabel pela tua coragem, ousadia e loucura cristã.
Se é verdade que ninguém é insubstituivel, cada um de nós tem algo de especial, de divino que quando é transmitido na nossa peregrinação humana, a morte jamais pode calar. A Irmã partiu para junto do Pai, cada um de nós que continua a sua aventura sobre a terra e teve a graça de a conhecer, encontra na sua vida inspiração para se continuar a doar por Cristo junto dos que ainda desconhecem a grandeza do seu Amor, a beleza do seu Evangelho.
Termino com uma imagem de vida: um grupo de meninas de 11 ou 12 anos que regressa a casa depois de um dia de mercado, a pé, com uma alegria admirável!; um cântico de esperança: “E a vida nao vai parar, vai como vento…; e o rosto de tantos jovens que tive a graça de o ver cantar com alegria! Sinais de Vida que é dom de Deus e que nem a morte pode parar. Uma Santa Pascoa!
Que Jesus vos abençoe e proteja
Com amizade
P. João Costa
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