quarta-feira, abril 25, 2007

Celibato sacerdotal

Olá malta!
Este ano em Português estamos a debater o livro "O crime do padre Amaro", e a professora pediu-nos que escrevessemos um texto sobre o celibato sacerdotal. Como era de esperar a maioria estava contra, no entanto "raptei" dois textos que têm duas opiniões diferentes, espero que vos ajudem também a reflectir melhor sobre o assunto.

"Na minha opinião o celibato sacerdotal só tem uma “vantagem”: liberta tempo suficiente ao padre, ou qualquer outro membro da igreja católica cristã para se dedicar à sua profissão, ou seja, assim o sacerdote pode dedicar-se completamente a tornar o mundo um sitio mais agradável, aconselhando e dirigindo o máximo número de pessoas a fazerem o bem. No entanto isso traz os seus custos: o sacerdote tem de contrariar a sua natureza, o que me parece ser bastante difícil, visto que a maior parte dos padres e membros do clero não o conseguem cumprir.
Para além desta desvantagem, tem ainda outras: os sacerdotes que cumprem não contribuem para o aumento demográfico e, se não souberem aconselhar bem as pessoas, estes tornam-se parasitas da sociedade, não dando nada em troca.
Para concluir só tenho a dizer que sou contra o celibato sacerdotal, pois, um sacerdote provavelmente até sabem dar melhores conselhos sendo casado e formando família.
Diogo Costa"


"Como todas as questões polémicas que têm sido levantadas, esta também tem os seus prós e contras.
No entanto o sacerdócio é uma vida que, a meu ver, exige vocação, total disponibilidade. Na minha opinião o fim do celibato, vai permitir que o sacerdócio possa ser encarado como uma profissão, ao invés de uma parte da vida muito mais substancial. Vai banalizar a vida de sacerdote. A partir dai será muito mais fácil qualquer homem ser sacerdote mesmo sem vocação. As grandes escolhas que os sacerdotes têm actualmente de fazer não as terão de fazer se o celibato for abolido.
Outro problema que se levanta é a disponibilidade que a vida de um sacerdote requer e que este não terá no caso de querer constituir uma família.
Assim, por estes dois motivos eu acho que não seria benéfico para a religião e contribuiria possivelmente para a formação de sacerdotes menos vocacionados e com menos qualidade, contribuindo para a perda de seguidores.
João Saragoça"



Um abraço amigo*

1 comentário:

Pescador disse...

Interessantes as duas dissertações. Gostei mais da segunda é claro ;) mas na primeira encontrei algumas falhas de argumentação. Onde é dito:

" visto que a maior parte dos padres e membros do clero não o conseguem cumprir."

Primeiro, padres são membros do claro. É uma coisinha de nada mas era só para frisar. Depois dizer que a maior parte não cumpre o celibato prometido é estar generalizar sem saber ao certo quem cumpre e quem não cumpre. E não há estatísticas ou outro documento onde nos possamos basear. Em relação ao problema demográfico, o que se diz é que existem pessoas em excesso neste planeta. Logo, se há pessoas que são celibatárias, isso não tem mal nenhum.

Portanto, e concluindo, eu sou a favor do celibato para os padres. Não pela minha simples opinião, mas também pela opinião bem fundada pela Igreja, e pelo apoio que as Escrituras nos dão sobre esse tema em vários sítios.

Ao ver este post, e visto que já oiço falar deste assunto em vários sítios, resolvi também fazer um no meu blog sobre o celibato. São livres de lá ir ler e comentar.

Abraços!

ps, Jacinta, deixei-te uma pergunta no meu blog no post do Tony Melendez ;)