quarta-feira, novembro 17, 2010

Igreja em Portugal

Vivemos, na Europa e também em Portugal, numa sociedade cada vez mais secularizada e, por vezes, secularista, abafando ou denegrindo o valor e a influência pessoal e social da religião, da fé cristã e da Igreja.

Conforme a palavra de Deus proclamada pelo profeta, pode dizer-se que as pessoas escolheram confiar no homem e contar somente com a força humana, "afastando o seu coração do Senhor" (Jer 17, 5). Ao mesmo tempo, há sinais evidentes de que persistem nos corações humanos os anseios pela espiritualidade e pela comunhão com o mistério divino. E percebe-se o desafio à Igreja de saber comunicar o Evangelho de modo atractivo como "palavra que dá vida" e "vida em abundância", e de fazer propostas cativantes que possibilitem matar a sede a quem procura saciar as inquietações do seu espírito pela comunhão com Deus.

Toda esta mudança social e cultural e a diminuição da relevância da Igreja constituem um apelo a todos os seus membros, para sermos, como escreveu João Paulo II, "mais humildes e vigilantes na nossa adesão ao Evangelho" {NMI6). A Igreja em Portugal é assim chamada a viver em atitude de serviço generoso e a ser fermento pela autenticidade das suas propostas e do seu testemunho. Diz alguém: "O mundo é de quem o ama e sabe melhor prová-lo".

In Repensar juntos a pastoral da Igreja em Portugal – Instrumento de trabalho

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