Foi já no Sábado passado, durante a missa, em que eu estava, como sempre, com os meus meninos da catequese (sou catequista do 2º ano).
A dada altura, reparei que o Renato olhava fixamente para o lado. Segui o seu olhar: estava fixo numa imagem – uma escultura em que Maria está sentada, com várias espadas cravadas no peito.
Alguns amigos também repararam na atitude do Renato. Mas ele parecia hipnotizado. Não ligava a mais nada. Cotovelo apoiado no banco, queixo pousado na mão, voltado para a figura de um dos altares laterais da Igreja. E assim ficou durante o resto do tempo.
No final da missa, fiquei um bocadinho a conversar com ele.
Que tinha reparado na imagem de repente. Que ficou triste. Que lhe fazia impressão. Que Maria devia estar a sofrer muito. Que as espadas fazem doer.
E com um olhar incomodado, triste. De incompreensão. E como se não quisesse que Maria ficasse ali sozinha, com as espadas a doer. Talvez o olhar dele, a sua presença, pudesse aliviar um pouco a Sua dor.
Deixar-se tocar. Profundamente.
Tenho a sensação que, às vezes, criamos barreiras, protecções. Sabemos que as coisas existem. E vamo-nos habituando. E vamo-nos conformando. E tornando indiferentes. Deixamos enrijecer um pouco o coração.
É Quaresma.
É altura de quebrar a pedra em torno do coração, torná-lo mais de carne. Deixarmo-nos tocar. Caminhar mais atentos. Ver as espadas que fazem doer.
A dada altura, reparei que o Renato olhava fixamente para o lado. Segui o seu olhar: estava fixo numa imagem – uma escultura em que Maria está sentada, com várias espadas cravadas no peito.
Alguns amigos também repararam na atitude do Renato. Mas ele parecia hipnotizado. Não ligava a mais nada. Cotovelo apoiado no banco, queixo pousado na mão, voltado para a figura de um dos altares laterais da Igreja. E assim ficou durante o resto do tempo.
No final da missa, fiquei um bocadinho a conversar com ele.
Que tinha reparado na imagem de repente. Que ficou triste. Que lhe fazia impressão. Que Maria devia estar a sofrer muito. Que as espadas fazem doer.
E com um olhar incomodado, triste. De incompreensão. E como se não quisesse que Maria ficasse ali sozinha, com as espadas a doer. Talvez o olhar dele, a sua presença, pudesse aliviar um pouco a Sua dor.
Deixar-se tocar. Profundamente.
Tenho a sensação que, às vezes, criamos barreiras, protecções. Sabemos que as coisas existem. E vamo-nos habituando. E vamo-nos conformando. E tornando indiferentes. Deixamos enrijecer um pouco o coração.
É Quaresma.
É altura de quebrar a pedra em torno do coração, torná-lo mais de carne. Deixarmo-nos tocar. Caminhar mais atentos. Ver as espadas que fazem doer.
Para podermos agir.
Que a atitude do Renato, de 7 anos, nos incomode. A todos. E possa transformar algo em nós.
Boa caminhada!
2 comentários:
Uma história magnifica...
tens razão! temos de nos deixar tocar, de perceber o que acontece à nossa volta!
Obrigada!
oooooooooiiiiiiiiii meu nome é leonardo eu participo de um grupo de jovens aqui na minha cidade e gostei muito de ver a pagina de vcs
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