terça-feira, fevereiro 05, 2008

Peditório APARF

Caros amigos da APARF,

No passado dia 26 de Janeiro de 2008, o Fé e Missão Sul, grupo de jovens dos Missionários Combonianos que se reúne todos os meses em Santarém, aceitou o vosso convite e realizou a petição para os leprosos, no âmbito do Dia Mundial dos Leprosos (27 de Janeiro de 2008).

Percorrendo as ruas de Santarém e de Almeirim, fomos perguntando, gentilmente, aos transeuntes se gostariam e poderiam apoiar a causa que está a ser levada a cabo pela APARF, relembrando que a lepra é, ainda, um grave problema em África que, com a ajuda de todos, pode ser resolvido.

Embora a afluência não tenha sido tanta quanto desejaríamos, tivemos ainda bastantes respostas positivas. Muitas pessoas mostravam-se interessadas em nos escutar e acabavam por contribuir; outras apenas contribuíam por verem outros a fazê-lo; outras ainda davam o pouco que tinham, desejando poder ajudar mais se as suas posses o permitissem. “Ajudo! Infelizmente ainda há muita lepra no mundo…” e “deixo os autocolantes consigo para dar a outras pessoas.”

No entanto, foram, também, frequentes as respostas negativas: “Eu não posso dar agora porque não tenho possibilidades”, “E quem me ajuda a mim?”, “Eles não me ajudaram, por que hei-de eu ajudá-los?”, “Eu não ajudo os pretinhos…”, “Eu já ajudo uma instituição e não posso ajudar outra…”. É interessante analisar as respostas criativas que nos foram sendo dadas ao longo do percurso…Descobrimos que “a lepra já não existe” e que esta petição já se tinha realizado este ano porque houve respostas como: “Eu já dei..”. Mas também nos deram sugestões: “Vá falar com o Sócrates!”.

Apesar de termos verificado que ainda há muitas pessoas alheadas deste problema, não hesitámos em explicar o que estávamos nós a fazer com caixinhas e cartazes ao pescoço, distribuindo calendários e autocolantes a quem abria a sua carteira e tirava uma moedinha, por mais pequena que fosse. Foi, para todos, uma experiência bastante positiva porque pudemos, também, ver o reflexo de algumas das nossas acções quando passam por nós pessoas a lutar por uma causa.

“Não tenho trocos”, ouvimos (e dizemos)! A isto, respondeu-nos uma criança que nos acompanhava: “Não sabia que as pessoas andavam com a carteira vazia…”

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou tão triste com as noticias do mundo.
Não consigo aceitar que uns ganhem 25000 euros por dia e outros tenham direito a 1 euro por semana.

Estou triste pelo que está a acontecer em Moçambique. Como hão-de sobreviver estas pessoas?! Que precisam de trabalhar e não têm dinheiro sequer para os transportes!?

Estou triste pela população do Ruanda. Já não bastou o genocídio interno, ainda tem que suportar a fúria da natureza.

Que mundo de contrastes...

Que mundo é este?!

Um beijo,
Madalena.

Nota: Que bom que mesmo assim, saíram à rua e não baixaram os braços.