sexta-feira, agosto 03, 2007

Sempr'Abrir! Magia Inconfundível

Magia Inconfundível

Por mais que queiramos exprimir o que sentimos nesta actividade é muito difícil porque foi algo tão forte que só Ele sabe… ainda assim, tentaremos relatar-vos o que se foi passando.

Fomos muito bem recebidos no dia 24, em especial pela Joana que fez o impossível para que nos sentíssemos em casa! Um a um, fomos entrando para o Centro Social e Paroquial da Azambuja, onde nos entregariam material necessário para percorrermos esta jornada da nossa vida…


Após uma pequena oração na capela, dirigimo-nos ao refeitório, onde jantamos partilhando e onde pudemos conviver com jovens de outras paróquias.


Éramos cinquenta, prontos para “Deixar a nossa terra e arriscar partir”. Fomos divididos em pequenos grupos e juntos conhecemo-nos melhor e trocamos ideias sobre os nossos objectivos para esta caminhada e as motivações que nos fizeram embarcar nela! Depois de uma boa conversa, fomos de novo para a capela, cantar e apresentar-nos ao resto do grande grupo.

À saída entregaram-nos dois pequenos papéis. Neles estavam escritos o nome de refugiados do Darfur, crianças e adultos.

Ainda antes de nos deitarmos para dormir foi-nos mostrado um documentário que girou a volta do tema principal desta actividade, o Darfur e todo o problema que o envolve! O filme passou rápido, mas foi suficiente para sentirmos nos nossos corações ainda mais vontade de seguir em frente e de rezar por eles.

Eram 4 da madrugada e já estávamos de pé! Caras lavadas e tempo para fazermos uma pequena oração, antes de nos serem abençoados a mochila e o cajado que iríamos transportar, e nos pormos a caminho desta aventura. Longos quilómetros caminhados, quando começamos a ver ao longe a carrinha de apoio. Não muito cansados, comemos e rezamos em grupo prontos para recomeçar a viagem, nesta que seria a segunda etapa… Quinta das Varandas era o destino!


Os dois principais obstáculos que iríamos enfrentar (o calor e o cansaço) começaram a fazer-se notar, mas com o apoio dos colegas, já nossos amigos, tudo se ultrapassou.

Após o almoço e um breve descanso, preparávamo-nos para celebrar a primeira Eucaristia, onde receberíamos o pó (da terra) (símbolo desse dia) e onde nos seria destinado, ao acaso, um membro do grupo pelo qual rezaríamos ao longo da caminhada.

Recomeçámos a peregrinação em rumo à casa dos Missionários Combonianos de Santarém. Lá nos esperava a acolhedora família Comboniana e uma pequena piscina, que muitos tiveram a oportunidade de experimentar, com belos mergulhos.

Já o sol se escondia quando chegaram os últimos caminhantes. Depois do jantar, era o momento merecido de descanso e assim, rapazes e raparigas rumaram aosrespectivos dormitórios, para os rapazes improvisado no salão da igreja. Adormecemos à espera da breve alvorada que nos faria partir bem cedo para o segundo dia da jornada.


Durante a oração da manhã em Santarém, despejámos metade do pó (da terra) que nos tinha sido entregue no dia anterior, numa taça e pusemo-nos a caminho. Eram 4h55m..

Antes de chegarmos ao fim da 1ª etapa, fizemos uma pequena reflexão dentro dos pequenos grupos, anteriormente apresentados. Reflectimos mais um pouco na capela da aldeia de Santos, onde nos foi entregue a parte horizontal da Cruz de Cristo representando a dinâmica horizontal da nossa vida (família, amigos, escola…).


Depois de uns bons quilómetros, cerca de vinte, parámos numa praia fluvial “ Olhos de Àgua” onde iríamos almoçar e celebrar a Eucaristia. Tivemos também a oportunidade de tomar um banho na praia.


Durante a Eucaristia, neste local, despejámos o restante pó (da terra) num recipiente e foi-nos entregue a parte vertical da cruz. Esta significa a dinâmica vertical da nossa vida, ou seja, a nossa relação com Deus.

Prontos, retomámos a peregrinação. Cantando, conversando e rezando, íamos ocupando o tempo, esquecendo o corpo cansado. Durante o caminho celebrámos uma Via Sacra até ao início da Serra de Minde, onde parámos para restabelecer energias. Esta etapa seria destinada a uma oração pessoal ao longo da subida. Foi-nos proposto que rezasse-mos também pelo Darfur e seus habitantes.


Foi no Quartel dos Bombeiros de Minde que terminámos este segundo dia de viagem, celebrando também o quarto aniversário de sacerdócio do Pe. João Costa, conscientes de que o nosso objectivo final estava perto. Antes de nos deitarmos juntámos as duas barras que nos tinham sido entregues de modo a criar uma Cruz que transportaríamos connosco até Fátima.


Com a Força Divina e a pensar nos refugiados do Darfur, realizámos este último percurso fazendo apenas uma paragem onde pintámos os nossos crucifixos e desta vez com elementos do grupo de apoio a caminharem também, chegámos a Fátima!


Com e pelo Darfur, tínhamos chegado à Terra Prometida.


Aqui juntámo-nos ao grupo do Norte, que partira de Coimbra e como um só grupo, rezámos o terço.


Sol posto, noite cerrada… Nada melhor que participar na procissão das velas.

O último dia tinha chegado e com ele todos os nossos pais e familiares apareceram para nos abraçar. Era o dia da Peregrinação anual da Comunidade Comboniana, à qual nos juntámos.

Aconteceu a celebração da Eucaristia no Centro Paulo VI antes de irmos almoçar. Já durante o almoço tivemos a visita inesperada da RTP :2. Durante a tarde recreativa também houve a oportunidade de apresentarmos a todos o que tinha sido esta viagem e qual o seu objectivo.

Despedimo-nos escrevendo dedicatórias aos amigos. Tinha terminado uma das principais etapas na nossa vida.

Que todas as pessoas façam a sua própria caminhada espiritual e acreditem que podem fazer a diferença!

Ericeira, 2 de Agosto de 2007














Miguel Pimenta e Pedro Ramos

4 comentários:

Anónimo disse...

Foi sem duvida uma experiencia unica e magica... algo que nunca esquecerei! Obrigado por tudo

Marta Ribeiro disse...

Partecipar nesta caminhada, foi sentir que a nossa existência não se limita somente a nós próprios, mas a todos os que podem precisar ou se encontram mais desfavorecidos de Paz e Amor.
Pensar que os jovens podem ser a esperança e a alavanca para um Mundo a crescer, faz lembrar a música "Se eu penso em mim, Tu ficas só; Se eu penso em Ti, seremos Nós". Continuarmos a pensar no "Nós" é pensar na Vida, a que todos temos o direito.

O meu coração tem agora mais vidas por quem bater*Marta Ribeiro

Nelson Viana disse...

Obrigado a todos por cada segundo da vossa presença.Continuemos a caminhar juntos, hoje e para sempre...

Até breve

Anónimo disse...

Conhecer-vos e cuidar de vós é alegria para a minha vida. Esta experiência de serviço é única eu já o sabia. Cristo testemunhou-nos isso de forma exemplar.

Como o Nelson quero pedir-vos que continuemos a caminhar juntos.

Um beijinho MÁGICO para cada um de vós,
Madalena - sul.