Tudo começa por uma eleição/escolha de Deus. Assim fez Deus com muitas pessoas na Bíblia, assim fez Comboni com as primeiras irmãs que foram com ele para a África. Cinco mulheres jovens que, em 1877, partiram nesta aventura e eleição de Deus. Um continente inóspito, seguindo um homem que tinha um grande desejo, um sonho e um Deus que nem sempre falou de forma clara, não parece loucura?
Nós diríamos: Que coragem!, mas na realidade é tudo obra de Deus. Ele escolhe as coisas pequenas e simples. E foi suficiente o seu Sim para fazer grandes coisas com um punhado de mulheres e homens. Como escreve São Paulo na primeira carta aos Coríntios, "Deus escolheu os loucos para confundir os fortes". Fazendo-nos entender que a verdadeira força não vem de nós mesmos, mas de Deus.
Com os olhos do mundo, os cristãos "somos loucos" porque ...
acreditamos em "alguém" que não vemos com os nossos olhos, não tocamos com as nossas mãos, não ouvimos com os nossos ouvidos;
acreditamos em "alguém" que outros têm testemunhado e muitos nem sequer o conheceram;
acreditamos em um pobre, um sem certeza, que vagando foi prontamente seguido por pescadores, ladrões, pessoas pobres e simples;
acreditamos em quem testemunha o amor para todos, sem distinção e para essas pessoas foi marginalizado, não acreditado, cobrado e morto;
acreditamos em um homem morto na cruz, a morte mais humilhante;
acreditamos em testemunhas que escolheram morrer e dar a vida por este crucificado;
Apesar disto, eu acredito em Jesus. E talvez eu seja louca, porque:
- Eu acredito em "alguém" que não experimento com os sentidos, mas com o coração;
Eu acredito em "alguém" que não tem certezas materiais, mas tem uma força interior que impulsiona;
Eu não acredito em falha humana, mas na plenitude de Deus;
E acreditando que depois da cruz há ressurreição, eu percebi que a vida é melhor, porque alimentada por uma presença que é a alegria e força, vontade e propósito, preenche as lacunas que outros bens não conseguem preencher.
Giusi, Postulante Comboniana
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